Durante a madrugada desta quinta-feira (26), a Oi divulgou resultados do balanço financeiro de 2019. O prejuízo da empresa atingiu os R$ 9 bilhões, segundo o relatório mais recente.
Isso pode ter sido gerado, além dos custos e despesas usuais da empresa, por uma série de fatores, como a variação cambial que ocorreu em 2019, os juros sobre arrendamentos em razão da implementação do IFRS 16, além da atualização monetária das provisões para contingências.
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Em resumo, 2019 foi um ano difícil para a Oi, que acumulou R$ 5,87 bilhões a mais em dívidas. No total, a empresa registrou R$ 18,22 bilhões em dívidas brutas e R$ 15,92 bilhões em dívidas líquidas.
O EBITDA, sigla em inglês para Earnings before interest, taxes, depreciation and amortization, sofreu uma queda de 23,7% (menos R$ 4,46 bilhões). No entanto, levando em conta o novo padrão IFRS16, o EBITDA ficou em R$ 6 bilhões negativos.
(Fonte: Veja Abril/ Reprodução)Fonte: Veja Abril
Esse indicador, utilizado para avaliar empresas de capital aberto, demonstra quanto a empresa está gerando com suas atividades operacionais, desconsiderando investimentos financeiros, empréstimos e impostos.
A desvalorização do Real em 4% frente ao Dólar foi como um golpe nas contas da empresa. No final de dezembro do ano passado, as contas da Oi em moeda estrangeira foram ajustadas e passaram a representar 52,2% da dívida total.
No quesito operacional, a Oi também sofreu quedas. No fim de 2019, 7 milhões de clientes de telefonia fixa residencial foram registrados — menos 15,4% do que no ano anterior.
Apesar de também sofrer baixas no pré-pago, os investimentos em 4,5G possibilitaram que a empresa ampliasse seu portfólio de ofertas, fazendo com que mais 1,7 milhão de clientes aderissem ao pós-pago.
A operadora também está crescendo no segmento de TV paga. Em 2019, a Oi registrou o melhor desempenho do mercado, atingindo 1,4 milhão de assinaturas. Além disso, vale destacar que, em fevereiro, a Anatel afirmou que a Oi não corre mais risco de "falência iminente".
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