Segundo Jean-Louis Gassée, ex-executivo da Apple e fundador da Be.Inc, a gigante de Cupertino pode lançar MacBooks com processadores ARM — mesma arquitetura usada em chips de iPhone — a partir de 2021. Para ele, até o ano que vem, os chips ARM estarão em pé de igualdade, em desempenho, com os CISC x86, mas consumindo muito menos energia.
O rumor de que a Apple vai abandonar os chips Intel já está bem difundido há alguns meses. Os analistas haviam suposto que a companhia optaria por usar os chips da AMD; agora, os processadores ARM surgem como uma segunda opção caso a Apple queira seguir o exemplo da Microsoft, que lançou algumas soluções com essas CPUs.
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Abaixo, o Surface Pro X com chip ARM.
Nem Intel nem AMD...
Ao perceber que os chips ARM da Ampere Computing já alcançam os processadores Intel em performance, a Apple poderia considerar que essas CPUs são as mais adequadas para equipar seus novos MacBooks. Gassée explica que um chip ARM top de linha consome até 210 W, enquanto um Intel Xeon de mesmo porte pode consumir até 400 W. Nesse sentido, ele, que até pouco tempo atrás era cético em relação a essa arquitetura móvel, passou a olhar para ela de maneira diferente.
O fato é que a arquitetura ARM tem evoluído muito mais rapidamente que os processadores comuns de PC, ainda mais se considerarmos apenas os Intel mobile, que só chegaram aos 10 nanômetros no ano passado e ainda são fabricados com essa litografia em 2020. A AMD, por outro lado, já lançou chips móveis de 7 nanômetros neste ano e pode chegar aos 5 nanômetros em 2021, o que significa que seus processadores poderão ficar ainda mais poderosos e consumir menos energia que os da geração atual.
Em paralelo às opções de terceiros, a Apple, que produz seus chips ARM para o iPhone e o iPad, ainda poderia aproveitar as próprias soluções para equipar os MacBooks de 2021.
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