A polêmica limitação de desempenho de iPhones na atualização para o iOS 10 finalmente teve fim. A Apple aceitou um acordo e terá que pagar US$ 25 por smartphone afetado pela atualização, totalizando cerca de US$ 500 milhões.
Em 2018, a Apple foi acusada de limitar o desempenho de vários modelos de iPhone para, supostamente, otimizar no consumo de energia das baterias. A suspeita, que foi discutida em inúmeros fóruns online, se confirmou quando a Apple afirmou que um sistema de gerenciamento dinâmico de energia foi adicionado por atualizações.
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Esse sistema buscava contornar um problema recorrente de várias unidades da época: drenagem acelerada de energia e desligamentos inesperados. Entretanto, o recurso limitava a performance do celular e atrasava a execução de várias tarefas — o que também afetou o desempenho geral do smartphone até em benchmarks.
Curiosamente, apenas smartphones com certo tempo de uso eram afetados pelo recurso — intrigando ainda mais as autoridades e usuários. Posteriormente, a Apple foi investigada por incentivar a troca de baterias e iPhones ao “simular” o fim da vida útil desses aparelhos.
Residentes dos Estados Unidos que tiveram iPhone 6; 6 Plus; 6S; 6S Plus; iPhone 7; 7 Plus e iPhone SE afetados pela atualização iOS 10.2.1 serão indenizados em US$ 25.
Efeito dominó
Da mesma maneira, a Apple foi multada em €25 milhões pela justiça francesa. A razão? Não ter informado os usuários de que a atualização afetaria negativamente o desempenho de iPhones mais antigos.
Neste caso, a Direção Geral de Concorrência, Consumo e Supressão de Fraude (DGCCRF), entidade francesa de fiscalização, foi a responsável pela aplicação da multa. As autoridades descreveram as ações da Apple como “prática comercial enganosa por omissão”.
Além disso, a Apple será obrigada a confessar e evidenciar suas falhas em um comunicado, que deverá ser publicado em seu site em até 30 dias.
Fontes