"Um dia será inevitável privatizar o Banco do Brasil", afirma o presidente do órgão, Rubem Novaes, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo. Segundo ele, o avanço de algumas tecnologias recentes no setor está pressionando a ação para que ela aconteça no médio prazo — um processo que deve levar mais de cinco anos, mas que pode ter alguns elementos antecipados para evitar traumas na transição.
Novaes "culpou" duas tendências do mercado financeiro pelas dificuldades em manter vantagens do Banco do Brasil como uma entidade pública. A primeira é a de fintechs, companhias de movimentação financeira como bancos virtuais e empresas de transferência ou carteira virtual. Além disso, há ainda o conceito de open banking, uma plataforma que busca uma padronização de dados bancários e a possibilidade do cliente portar contas e informações com maior flexibilidade a partir de diversos serviços.
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, já se mostrou favorável à privatização do Banco do Brasil. Entretanto, o debate ainda precisa passar por uma série de esferas, incluindo discussões no Congresso Nacional e a aprovação do presidente da República, Jair Bolsonaro.