A nova versão do eSocial, sistema do governo federal para registro de informações trabalhistas e previdenciárias, tem apresentado falhas já no primeiro mês de funcionamento.
O objetivo é que ele substitua outras bases progressivamente, como a Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social (Gfip), o Caged e a Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
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De acordo com O Diário do Comércio, a substituição do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) pelo Sistema de Escrituração Fiscal Digital das Obrigações Fiscais Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) teve que ser interrompida.
Na quinta-feira passada (6), problemas com o eSocial começaram a ser relatados, como informa a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Conselho Federal de Contabilidade. No entanto, em 27 de janeiro, a coordenadora de cadastros administrativos do Caged, Rosangela Jardim, publicou um comunicado informando que “problemas no envio de eventos” estavam ocorrendo.
Na publicação, ela recomendou que até que seja feita uma correção definitiva das falhas no sistema, as empresas deveriam usar o cadastro antigo. Segundo ela, o sistema deve voltar à normalidade em até um mês.
Essa recomendação só foi possível devido a uma portaria publicada pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, em outubro de 2019, que determinou a desobrigação do uso do Caged a partir de janeiro deste ano para empresas dos grupos 1 e 2.
As declarações de contratações e demissões feitas em janeiro deveriam ser comunicadas ao governo até sexta-feira (7), no entanto as empresas foram impossibilitadas de utilizar o sistema e recorreram ao cadastro antigo. Aproximadamente, 265 empresas e suas filias foram afetadas por esse imprevisto.
Vale dizer que o eSocial não é o único site do governo que vem apresentando falhas. Além dele, sites como INSS, Receita Federal, Dataprev, Ibama e até de universidades federais também estão sendo alvo de reclamações.
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