A guerra entre Estados Unidos e Huawei acaba de ganhar um novo capítulo. Segundo o jornal The Wall Street Journal, autoridades do país têm certeza de que a fabricante chinesa é capaz de acessar redes inteiras de telefonia móvel ao redor do mundo a partir de brechas de segurança.
De acordo com a acusação, os backdoors são usados para meios judiciais, aproveitando-se da infrarestrutura fornecida pela Huawei em telecomunicações. Isso já seria de conhecimento dos agentes há mais de um ano, mas só no final do ano passado isso foi tornado público para países parceiros. Os especialistas norte-americanos ainda alegam que têm provas a respeito, e que a espionagem data desde 2009, graças a equipamentos de transmissão e recepção de sinal 4G.
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Companhias responsáveis por fornecer o hardware e a estrutura de antenas e cabos para estabelecer as conexões precisam garantir às operadoras que não há maneira de elas acessarem os dados que transitam por seus equipamentos antes do início das operações. Entretanto, os chineses teriam dado um jeito de burlar essa medida de segurança.
Longa batalha
A Huawei é acusada de facilitar e participar de operações de espionagem a mando do governo chinês desde o ano passado, quando teve revogada a permissão para utilizar o ecossistema Android atualizado.
Entretanto, na área de telecomunicações, ela parece ter virado o jogo momentaneamente. Apesar da pressão dos EUA para que aliados não escolham a marca como uma das responsáveis pela infraestrutura do 5G, Reino Unido e União Europeia deram passos adiante em negociações com a companhia.
Ao site The Verge, o chefe de segurança da empresa negou que as acusações — tanto as originais quando as atuais — sejam verdade, afirmando que a marca nunca acessou de forma imprópria informações ou dados de consumidores.
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