Nesta segunda-feira (10), a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) notificou a Oi sobre sua decisão de cancelar o acompanhamento especial que a agência vinha fazendo junto à companhia desde o ano passado. O conselho diretor do órgão regulador considera que o risco liquidez de curto prazo — uma espécie de "falência iminente" — da Oi foi sanado.
A partir da decisão, a Oi passa a responder pelo regime tradicional de acompanhamento da Anatel, que revogou as obrigações cautelares impostas à tele.
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Uma companhia tem o risco de liquidez decretado quando sua economia é considerada frágil a ponto de ela de não ser capaz de honrar com suas obrigações correntes e futuras, inclusive as decorrentes de vinculação de garantias, ou até mesmo com obrigações provenientes de imprevistos do mercado, sem que isso afete suas operações diárias e/ou cause perdas significativas.
Há dois meses, a Vivo demonstrou interesse em comprar a divisão de telefonia móvel da Oi. No entanto, é possível que a maior parte do prejuízo acumulado pela companhia tenha origem na divisão de telefonia fixa ou banda larga fixa.
Ainda no ano passado, a companhia registrou um prejuízo de R$ 5,78 bilhões no terceiro trimestre.
No dia 24 janeiro, a Oi vendeu sua parte na empresa de telecomunicações angolana Unitel, pelo valor de US$ 1 bilhão (R$ 4,31 bilhões na cotação atual). Recentemente, a companhia conseguiu receber R$ 2,5 bilhões em um processo de capitalização. Essas transações influenciaram positivamente na decisão da Anatel.