Horas depois de a Amazon anunciar que não estaria presente à Mobile World Conference (MWC) 2020, a Sony publicou em seu site um comunicado informando que a empresa também estava se retirando da feira de tecnologia em Barcelona, Espanha, por conta do surto de coronavírus. "A conferência de imprensa da Sony, programada para o evento, agora ocorrerá no horário programado em vídeo no nosso canal oficial do Xperia no YouTube", revelou a empresa.
De todas as desistências anunciadas até agora, a da fabricante japonesa é a que deve causar mais estragos à GSMA, empresa organizadora da feira. Era esperado que durante a MCW 2020 fosse apresentado o Xperia 5 Plus. “Como damos a máxima importância à segurança e ao bem-estar de nossos clientes, parceiros, mídia e funcionários, tomamos a difícil decisão de deixar de expor e participar do MWC 2020 em Barcelona, Espanha".
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Esvaziamento preocupante
O esvaziamento da MCW 2020, considerada a mais importante feira do setor, é uma preocupação crescente porque nada mostra que o surto de coronavírus de Wuhan (agora denominado 2019-nCoV) vai ceder tão cedo.
This is officially going to be the weirdest MWC ever. It’ll just be a bunch of journalists knocking around an empty conference centre twiddling their thumbs at this rate
— Katie Collins (@katiecollins) February 10, 2020
A doença dificulta a ida de funcionários das mais importantes fabricantes de smartphones – a maior parte, chinesas, japonesas e sul-coreanas – à Europa, por conta das barreiras sanitárias montadas nas fronteiras e à suspensão das rotas aéreas sobre boa parte do sul asiático por cerca de 40 companhias aéreas.
A organização da MWC 2020 adotou mais procedimentos de segurança, divulgados no recente comunicado à imprensa. Entre eles, estão vetar o acesso de "todos os viajantes da província de Hubei" (que não poderão visitar os ainda os eventos paralelos Four Years From Now/4YFN, xside e YoMo) e "todos os viajantes que estiveram na China, que precisarão comprovar que saíram do referido país 14 dias antes do evento".
A empresa organizadora não divulgou como pretende identificar os "viajantes da província de Hubei" e os “visitantes oriundos da China”.