Em agosto de 2019, Tyler “Ninja” Blevins deixou seu canal de streaming na Twitch para fazer transmissões na plataforma da Microsoft, o Mixer. A declaração, que parecia repentina, foi resultado de negociações com o streamer e um cachê milionário.
A agência de talentos Ader, comandada pelo CEO Justin Warden, supostamente cuida das relações de Ninja com marcas e patrocinadores. Em entrevista para a CNN, o CEO deu mais detalhes sobre o contrato de exclusividade com o Mixer e revelou o valor pago para convencê-lo a migrar: de US$ 20 milhões a US$ 30 milhões.
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A CNN logo tentou verificar a informação com a própria Microsoft, mas a gigante se recusou a dar detalhes sobre a contratação — o mesmo aconteceu ao entrar em contato com o streamer.
O final do ano passado foi um período marcado pela guerra entre as plataformas de serviço de streaming: novas marcas se introduziram e muitas estrelas migraram para outras plataformas. O Facebook Gaming atraiu centenas de figuras populares do meio pela quantidade de usuários diários. O YouTube Gaming, por sua vez, se destaca por ser a maior plataforma de vídeos do mundo.
Além disso, o Mixer oferece fácil conexão com a comunidade Xbox e faz parte do ecossistema Xbox — o que inclui o PC; o console e futuros produtos, como o xCloud e Xbox Series X.
Mudar nem sempre é boa escolha
Ao receber uma proposta, streamers precisam analisar friamente o impacto que a mudança pode causar na sua audiência. O streamer Zizaran já disse em uma de suas transmissões que recebeu uma proposta de US$ 1,2 milhões pelo Facebook Gaming, mas a recusou. “Eu não queria migrar porque Facebook é um ‘lixo’ de plataforma e minha carreira iria acabar”, comentou.
Além disso, cada plataforma possui métodos diferentes para monetização — alguns mais atrativos do que outros. Então, o profissional precisa estudar qual plataforma mais convence a comunidade para abrir a carteira e fazer doações.
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