Desde que a disputa comercial entre a China e os Estados Unidos se iniciou, a Huawei vem sofrendo várias penalidades por parte do governo americano. A companhia chinesa foi banida dos EUA, e várias empresas americanas que usavam equipamentos de telecomunicações fabricadas por ela foram obrigadas a substitui-los. Embora essas sanções comerciais permaneçam por tempo indeterminado, os americanos desistiram da ideia de criar regras ainda mais severas para atrapalhar os negócios da Huawei.
Os Departamentos de Defesa e do Tesouro se opuseram ao Departamento do Comércio
Os EUA tinham a intenção de reforçar as proibições contra a Huawei. Este era, basicamente, um desejo do Departamento do Comércio americano, que visava dificultar as vendas de produtos de empresas americanas para a Huawei, por meio de instalações fora do território americano.
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Os Departamentos de Defesa e do Tesouro, no entanto, se opuseram ao Departamento do Comércio.
O Departamento de Defesa dos EUA teme que enrijecer os regulamentos contra a empresa chinesa possa prejudicar os lucros das empresas americanas, o que, como consequência, poderia atrapalhar o desenvolvimento e a competitividade tecnológica destas companhias.
O fato é que, neste momento, como essas empresas americanas estão vendendo para a Huawei, e não comprando, sanções mais duras não teriam peso para a principal alegação do governo americano, de que a tecnologia da empresa chinesa representa ameaça de espionagem. Além disso, naturalmente, quem vende é quem está lucrando.
Fora os serviços da Google, a Huawei já conseguiu fornecedores não americanos para a maioria da tecnologia que precisa consumir. A empresa também vem alegando, repetidamente, que não precisa dos americanos para se desenvolver. Prova disso são os números de vendas de smartphones da companhia em 2019, que sofreram pouco ou nenhum impacto, mesmo com as sanções comerciais.
Nas próximas semanas, o Tesouro dos EUA realizará uma conferência para discutir questões relacionadas à China e à Huawei.
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