A Boeing anunciou um prazo para a retomada de voos no modelo 737 Max, avião da empresa que esteve envolvido em dois acidentes aéreos fatais nos últimos dois anos. A ideia é que os primeiros modelos aprovados decolem na metade de 2020.
Segundo a companhia, a etapa atual envolve aguardar o resultado de processos de certificação para receber os requisitos que serão aplicados no treinamento dos pilotos. As autoridades norte-americanas estariam mais rígidas no processo, atrasando as estimativas iniciais da fabricante. Durante as investigações, entretanto, foi detectado que a Boeing economizou tempo na preparação dos funcionários.
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Os acidentes do 737 Max foram causados por uma falha técnica no sistema de sustentação da aeronave, baseada também em sensores. Ela foi corrigida por uma atualização de software e todos os modelos foram revisados enquanto estavam estacionados na fábrica da própria Boeing.
Muito dinheiro
Além de ter a imagem manchada e a segurança questionada, a Boeing também precisa lidar com os problemas financeiros causados pela crise. De acordo com a CNBC, a empresa está atrás de um empréstimo de mais de US$ 10 bilhões envolvendo vários bancos, já tendo atingido mais da metade dessa meta. A produção do 737 Max foi pausada neste mês, o que teria causado problemas na linha de produção e gerado demissões — que a companhia nega, alegando ter realocado todos os funcionários do setor.
A Boeing já teria perdido ao menos US$ 1 bilhão em receita desde o início da crise. A falha causou duas tragédias: uma em outubro de 2018, na Indonésia, com 189 mortos, e outra em março de 2019, na Etiópia, com 157 mortos.
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