A organização Mozilla, que cuida do navegador Firefox e de vários outros projetos, demitiu 70 funcionários na última quarta-feira (15). A informação é do site TechCrunch e foi confirmada por um memorando interno da própria companhia, além do depoimento de empregados que restaram na equipe.
O documento, assinado pela CEO Mitchell Baker, afirma que a empresa vai passar por uma reestruturação ainda não detalhada. O motivo das demissões é a falha em conseguir gerar fontes de renda a partir de novos produtos e serviços por assinatura. "Nosso plano de 2019 subestimou quanto tempo levaria para construir e entregar novos e lucrativos produtos. Por isso, e tudo que aprendemos em 2019 sobre o ritmo da inovação, decidimos ter uma pegada mais conservadora para projetar nossos rendimentos em 2020. Também concordamos com um princípio de viver por nossos próprios meios, não gastando mais do que ganhamos num futuro próximo", diz a executiva.
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Ainda segundo Baker, todos os colaboradores que tiveram o contrato encerrado receberão um acerto financeiro e suporte para o remanejamento no mercado de trabalho. A empresa também anunciou que não vai encerrar um fundo de investimentos de US$ 43 milhões, criado para o desenvolvimento de novos e inovadores produtos.
De onde vem o dinheiro?
A preocupação da Mozilla é a dependência de um único elemento na geração de receita da companhia: a barra de buscas que é integrada ao navegador Firefox. Para aparecer no recurso, as empresas pagam altas quantias à companhia — algo que quase deixou de acontecer em 2015, quando o acordo com a Google foi encerrado por algum tempo até retornar anos depois.