A fabricante de campainhas inteligentes da Amazon, a subsidiária Ring, revelou que 4 diferentes investigações levaram à demissão de uma série de funcionários que espiavam consumidores em vídeos salvos na nuvem.
Obtido pela Motherboard, seção de tecnologia da Vice, a carta enviada a senadores norte-americanos revela a demissão de funcionários que violaram as políticas da subsidiária. A Ring não só é responsável pela fabricação de campainhas, mas também de circuito interno de sensores, tornando a situação ainda mais grave.
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No documento, a Ring afirma não se tratar de uma invasão, haja visto que os funcionários demitidos tinham permissão para acessar as imagens; no entanto, os profissionais foram pegos abusando desta permissão, assistindo vídeos não requisitados.
A Ring acrescenta que apenas 3 funcionários têm acesso às imagens salvas na nuvem atualmente, sendo uma das medidas tomadas após o incidente.
Investigados seriam executivos e engenheiros
Em 2019, o site The Intercept norte-americano reportou que engenheiros e executivos da empresa contavam com acesso irrestrito às imagens salvas na nuvem. Em uma declaração pública, a Ring explica que as imagens serviriam para aprimorar a inteligência artificial dos sistemas — o que não estava explícito nos termos de uso dos equipamentos.
Entretanto, a subsidiária afirmou que as imagens utilizadas eram oriundas de um app ou de acessos permitido pelos usuários. Em comunicado, a Ring garantiu priorizar a segurança dos usuários e a privacidade dos seus clientes.
"Além disso, temos zero tolerância para uso abusivo de nossos sistemas e, se descobrirmos pessoas mal-intencionadas com esse comportamento, tomaremos ações rápidas contra elas.", conclui.
Não há detalhes sobre a quantidade de funcionários, tampouco nomes dos usuários afetados pela invasão. Até o momento, a fabricante não se manifestou publicamente sobre o assunto.
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