A engenheira de segurança Kathryn Spiers está acusando a Google de tê-la demitido por se envolver com causas trabalhistas. Spiers apresentou uma queixa contra a companhia ao Conselho Nacional de Relações Trabalhistas dos EUA (NLRB, na sigla em inglês).
Tudo começou no mês passado, quando Spiers criou uma janela pop-up de circulação interna que dizia: “Os Googlers têm o direito de participar de atividades acordadas protegidas”. Ela informou que era parte de sua rotina de trabalho criar notificações que chegavam para os funcionários por meio do navegador, e que esclareciam sobre diretrizes e políticas da empresa.
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A última pop-up de Spiers era mostrada quando os funcionários visitavam a página de diretrizes da comunidade da companhia, ou o site de uma empresa externa que a Google havia contratado, mas que não mantinha relações muito amigáveis com setores sindicais.
Ela foi afastada somente algumas horas depois da informação ter sido veiculada, sendo que sua demissão ocorreu, de fato, na última sexta-feira (13).
Ela ainda disse que, segundo a Google, foi demitida por ter violado as políticas de segurança da empresa.
This month should've been a big one for me: I was promoted by Google about a month ago and was hoping to celebrate over the holidays. My performance was judged to be "superb," in the top 2% of Google workers.
— Kathryn Spiers (@eiais) December 17, 2019
Instead, I got fired. I'm spending the holidays looking for jobs.
Google justifica
Nesta terça-feira (17), a Google comunicou, por meio de nota, que demitiu um de seus engenheiros de segurança por uma “violação grave”. De acordo com a empresa, o ex-funcionário “abusava do acesso privilegiado para modificar uma ferramenta de segurança interna”. A nota ainda explica que o problema não foi pelo fato da janela pop-up ter relação com direitos dos funcionários, mas por ela ter sido criada sem autorização, o que configura o uso indevido de uma ferramenta de segurança e privacidade. O nome de Spiers não foi mencionado.
Desde o início do mês, a Google está sendo investigada pelo NLRB, por causa de uma queixa apresentada por quatro ex-funcionários e que, a princípio, pode ter relação com os protestos de alguns funcionários contra as decisões da empresa sobre questões como imigração e assédio sexual.
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