Alegando que a Qualcomm a forçou a sair do mercado de modens para smartphones, a Intel entrou com ação no 9º Tribunal de Apelações do Circuito dos Estados Unidos na última sexta-feira (29), para solicitar que a decisão anterior da Federal Trade Commission (FTC) sobre as práticas de negócios da concorrente seja mantida.
No último mês de maio, a juíza distrital Lucy Koh afirmou que as práticas de licenciamento de patentes da Qualcomm em relação à produção de chips que fazem a conexão dos smartphones às redes móveis contribuíram para estrangular a concorrência, ordenando que a empresa sediada em San Diego renegociasse os contratos de licenciamento.
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Porém, a companhia negou as acusações do órgão que regula o comércio no mercado norte-americano e entrou com recurso contestando a decisão da FTC, conseguindo uma pausa na execução da ordem enquanto ocorre a tramitação do recurso.
Em sua nova ação, a Intel afirma que teve um prejuízo de bilhões de dólares na negociação da sua unidade de produção de chips para celular com a Apple, graças às barreiras impostas pela rival. O processo de apelação iniciado por ela tem previsão de começar em janeiro de 2020.
Intel já sofreu ação semelhante por parte da AMD
As reclamações da Intel em relação às práticas da rival que dificultam a participação de outras empresas no mercado de modens móveis são corroboradas por órgãos governamentais de outros países, como Coreia do Sul, Taiwan e China, que já fizeram queixas semelhantes.
Mas se hoje é vítima, no passado ela esteve do outro lado, ao ser acusada de usar seu domínio de mercado e poder de monopólio para prejudicar concorrentes, como relembra o site ExtremeTech.
Em 2005, ela sofreu ações em vários países devido a reclamações feitas pela AMD, mas ambas as companhias acabaram se acertando fora dos tribunais.
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