Ren Zhengfei acredita que a Huawei será a maior marca de celulares do mundo, mesmo sem as soluções e apps da Google. “Creio que isso não será um problema, mas levará algum tempo. Quando digo que leva tempo, estou me referindo ao mercado externo, porque retornaremos ao mercado externo no próximo ano e no ano seguinte”, ressaltou o CEO da companhia asiática em entrevista à CNN.
A Huawei já é considerada a maior empresa de equipamentos de telecomunicações do mundo. Até o início de 2020, esperava ultrapassar a Samsung em termos de vendas globais de smartphones — a companhia sul-coreana é líder mundial nesse sentido, enquanto a empresa chinesa ocupa a segunda posição. Contudo, a guerra comercial entre os EUA e a China, iniciada há seis meses, colocou fim nessa meta, a partir de boicotes da administração de Trump.
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Nesse sentido, mesmo que tenha alcançado o crescimento de 26% no número de vendas, a Huawei teve seu desempenho comercial fortemente afetado no setor internacional sem os apps da Google. Parte considerável dessa receita foi, inclusive, sustentada pelo mercado chinês.
“Plano B” seria a solução
Ren afirmou ter um “plano B” de larga escala, caso os EUA não liberem a parceria com a Google. Isso poderia estar relacionado com o uso de seu sistema operacional próprio, HarmonyOS, além de uma loja de apps específica para seus dispositivos.
O CEO ainda ressaltou não saber ao certo quando, e se, a Huawei voltará a trabalhar com a Google em breve. “É um momento crítico para todos nós, espero que o governo dos EUA considere o que é melhor para as empresas americanas”, completou.
Recentemente, a Microsoft recebeu licença do Departamento de Segurança dos EUA para fornecer seus softwares à Huawei. Com isso, o Windows 10 se tornou o sistema operacional da linha de laptops MateBook D, anunciado na China na última terça-feira (26).
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