Um novo estudo revelou que a quantidade de dióxido de carbono gerada pela mineração de Bitcoin não é tão grande quanto se pensava. Há alguns meses, o Digiconomist, projeto de dados por trás do comumente citado Índice de Consumo de Energia do Bitcoin, estimou que a mineração de Bitcoin pelo mundo gerava 34,73 megatoneladas de dióxido de carbono por ano. A quantidade é comparável à da Dinamarca.
Agora, um estudo realizado em junho, estimou que a produção de dióxido de carbono proveniente da mineração da moeda digital esteja por volta de 22,9 megatoneladas. É uma quantidade bem menor, de fato, porém essa quantidade chega perto da mesma produzida pela cidade canadense de Vancouver.
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O novo estudo usou dados mais realísticos
De acordo com a coautora dessa nova pesquisa, Susanne Köhler, para determinar os novos resultados, os cientistas levaram em consideração a eficiência dos equipamentos utilizados na mineração, os diferentes níveis de dependência de energia derivada de combustíveis fósseis de cada região, além do número de tentativas de minerar um bloco em um determinado local.
Essa capacidade de usar dados mais realísticos pôde estabelecer, por exemplo, que a China, onde o Bitcoin é largamente minerado, é o país que mais gera energia a partir do carvão em todo o mundo. No entanto, nem todas as mineradoras da China podem ser avaliadas da mesma forma, pois algumas estão situadas em regiões que usam uma energia mais limpa, como a gerada em hidrelétricas.
Köhler ainda enfatizou que é muito difícil obter exatidão sobre as informações das mineradoras, e que essa dificuldade está longe de ser por acaso.
Essa afirmação foi confirmada por Ethan Lou, autor do livro “Once a Bitcoin Miner”, que está para ser lançado. Lou, um dos primeiros investidores do Bitcoin e dono de uma startup de mineração de criptomoedas, disse que não ficará surpreso se daqui a alguns meses, outro estudo sugerir resultados bem diferentes deste mais atual, tanto para cima como para baixo.
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