A gigante companhia espanhola Telefónica, presente no Brasil através da Vivo, admitiu hoje (05) que está interessada na compra da Oi, a brasileira que está em recuperação judicial desde 2016.
Antes, a intenção de compra não passava de especulação e de rumores vindos de fontes secretas do mercado. Agora, o CEO Ángel Vilá finalmente revelou que a Telefónica — já consideravelmente forte no mercado nacional — pretende tomar ainda mais espaço no Brasil com a aquisição de parte da Oi.
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Ángel Vilá esclarece que a compra não seria feita exclusivamente pela Telefónica, mas dividiria fatias com a Telecom Italia (TIM) e a America Movil (Claro), já que nenhuma das três seria capaz de “fazer isso sozinha” e ressalta que não há nada à venda oficialmente.
Complementando essa notícia, Christian Gebara, presidente da Telefónica Brasil, reiterou o interesse de assumir a gestão da telefonia móvel da Oi, isso se essa seção for colocada à venda.
Impasses legais
Apesar do interesse, a legislação brasileira pode impedir ou postergar a compra em alguns meses. A diminuição no número de concorrentes no mercado de telefonia afeta significativamente o mercado, prejudicando a concorrência entre as companhias, segundo o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
Nem mesmo a revisão do Marco Legal de Telecomunicações isentou a Oi desses problemas legais, já que o texto — aprovado em outubro pelo presidente — não renova as regras sobre a disputa no mercado.
Se o negócio seguir em frente e a Telefónica adquirir uma fatia da Oi, o processo de transformação digital brasileiro será acelerado consideravelmente. Resta aguardar por mais novidades dessa disputa do mercado.
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