A China, maior mercado móvel do mundo, com mais de um bilhão de usuários, inaugurou sua rede 5G, que já nasce como a maior do mundo com essa tecnologia. As três operadoras estatais de telefonia do país se uniram para compartilhar a infraestrutura, a fim de acelerar o processo e diminuir os custos para implementar a nova rede, que ainda recebeu fortes investimentos do governo e da Huawei, líder mundial no setor.
Disputa comercial com os EUA motivou os chineses
Para os analistas, essa “corrida” para implementar o 5G na China não foi algo muito natural, e não deveria ter ocorrido antes de 2020. A pressão, na verdade, foi impulsionada pelas tensões comerciais entre o país e os EUA, que envolveu bloqueios de negócios entre empresas americanas e a Huawei.
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No momento, as principais metrópoles chinesas já possuem cobertura 5G, incluindo Xangai e Pequim. Até o fim de 2019, o sinal será estendido para mais de 50 mil estações-base espalhadas pelo país.
5G chinês vai continuar demandando novas tecnologias
É a primeira vez em que a China está à frente do resto do mundo na introdução de uma tecnologia de comunicação móvel. E essa inauguração adiantada da nova rede vai continuar demandando a criação de novas tecnologias por parte de empresas chinesas como a Huawei, Xiaomi e ZTE. A pretensão do governo é de que, a longo prazo, o país assuma a liderança do setor empresarial baseado em IA e da computação de ponta. Vale lembrar que a China já é líder mundial em tecnologia de reconhecimento fácil, mesmo não sendo uma tarefa muito fácil distinguir os chineses.
Para Tim Hatt, chefe de pesquisa da GSMA Intelligence, a China terá migrado 36% de sua base de usuários móveis para o 5G em 2025. Isso vai representar 40% do mercado global daqui a cinco anos, nesse tipo de rede.
Segundo Hatt, o amadurecimento do 5G chinês, com testes iniciados há quatro anos, vai possibilitar a implantação comercial da rede de forma muito mais robusta que em outros países.
Fontes