A Uber anunciou a demissão de 350 funcionários em vários setores de suas operações globais. Essa medida foi comunicada na última segunda-feira (07) via e-mail pelo CEO Dara Khosrowshahi, e afeta especialmente escritórios nos Estados Unidos e Canadá. Segundo o executivo, essa seria a “última rodada” de desligamentos iniciada em agosto.
“Todos temos que desempenhar um papel para estabelecer uma nova normalidade em como trabalhamos: identificar e eliminar trabalhos duplicados, manter altos padrões de desempenho, fornecer feedback direto e agir quando as expectativas não estão sendo atendidas”, ressaltou Khosrowshahi no e-mail.
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O CEO ainda disse no texto que as demissões ocorreriam em divisões do apps Uber e Uber Eats, assim como em projetos de direção autônoma. Também determinou que isso incluiria especificamente equipes de marketing de desempenho, RH, tecnologias avançadas e segurança.
De acordo com o site CNBC, que publicou o comunicado na íntegra, as ações da Uber subiram 3,5% logo após a divulgação da notícia.
O que gerou os cortes?
As mudanças seriam resultado da estreia malsucedida da Uber na bolsa de valores de Nova York, em maio deste ano. Com isso, suas ações passaram por desvalorização, o que gerou a perda de US$ 5,2 bilhões só no segundo trimestre de 2019, quase o dobro do registrado durante todo o ano de 2018.
Essa crise ainda teria sido agravada com a saída de três membros importantes do conselho consultivo, bem como de antigos diretores de operações e marketing da empresa.
Para contornar a situação, a Uber anunciou uma série de cortes em agosto, na qual desligou 400 colaboradores de marketing. Em setembro, seguiu com o plano e demitiu 435 profissionais das áreas de engenharia e produtos.
A soma dessas providências com as de outubro teriam reduzido 1,5% de seu quadro geral de funcionários.