A Telebras está na lista de empresas que terão prioridade na privatização, assim como os Correios. Só que o deputado Luis Miranda, do DEM do Distrito Federal, acredita que fazer isso sem avaliar todas as possibilidades é uma ameaça à segurança nacional e à soberania do país em relação a certos equipamentos.
O motivo é que a Telebras faz a gestão do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas, que foi lançado em 2017 e teve há poucos meses a confirmação do orçamento para operar. Assim, caso a companhia seja privatizada, informações confidenciais e sobre a infraestrutura da internet no Brasil podem ser transferidas para companhias privadas.
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Miranda, entretanto, não é totalmente contra as privatizações. “Se a Telebras for licitada mesmo e se tornar uma empresa privada, a gente perde esta soberania. Mesmo que eu seja totalmente a favor das privatizações, será que esse é o ponto que nós queremos quando tratamos de segredo nacional?”, disse, de acordo com o portal da Câmara dos Deputados.
E agora?
O secretário de Telecomunicações do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Vitor Menezes, afirmou que o modelo de venda será estudado antes de uma definição para evitar essas polêmicas. Porém, isso será um processo difícil, já que separar a estrutura "privatizável" da Telebras é complicado, pois cada órgão depende do outro para funcionar. O Ministério da Defesa também acredita que será necessário avaliar a situação, mas que falar em "perda da soberania" ainda é prematuro.
O programa Internet para Todos do MCTIC, que é possível graças ao satélite, leva conexão para mais de 10 mil pontos no Brasil a um preço especial, mas essa cobertura pode ser expandida em até quatro vezes.
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