Mesmo na lista proibida do Departamento de Comércio dos Estados Unidos desde maio, a Huawei teve um crescimento de 23,2% em sua receita no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2018, conforme informou no dia 30 de julho. A medida dos Estados Unidos de colocar o nome da empresa e mais 70 outras em sua chamada "lista de entidades" fez com que ela ficasse proibida de comprar peças e componentes de companhias dos EUA sem a aprovação do governo.
Enquanto a chinesa lança mão de inúmeros planos alternativos para minimizar os prejuízos, fornecedores norte-americanos estão perdendo negócios que renderiam US$ 11 bilhões em vendas (isso é quanto a Huawei desembolsou em 2018); a fabricante de chips Qualcomm é um exemplo.
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O site especializado no mercado financeiro MarketWatch publicou o informe de ganhos da empresa para o terceiro trimestre fiscal, que terminou em junho: a receita despencou 13% e o lucro líquido, 34% em relação ao mesmo período de 2018. Suas operações tiveram um desempenho muito ruim de abril a junho – no dia 16 de maio, a Huawei foi incluída na lista de banimento.
Ênfase no mercado doméstico
Embora produza seus próprios chipsets Kirin e chips de modem Baloong, a Huawei compra certa quantidade de unidades dos chips Snapdragon, da Qualcomm. Além disso, durante o terceiro trimestre fiscal de 2018, os fabricantes chineses que encomendaram quantidades maiores à americana venderam menos dispositivos no período.
Huawei e Qualcomm estão ainda em uma disputa sobre royalties. Em janeiro, a fabricante chinesa pagou à americana parte do que deve, mas as práticas de negócios desta última podem mudar em virtude da decisão tomada em uma disputa judicial. A corte classificou suas políticas de vendas de chips como anticompetitivas; algumas delas incluem o infame requisito "sem licença, sem chips", que leva à cobrança de royalties com base no preço de varejo de um aparelho, em vez do custo do componente.
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