Na quinta-feira (25), a Intel divulgou seus resultados financeiros para o segundo trimestre de 2019. Embora tenha superado as expectativas dos analistas, a arrecadação total caiu em relação ao mesmo período de 2018. A receita registrada foi de US$ 16,5 bilhões, 3% a menos que há 12 meses, mas acima dos US$ 15,67 bilhões que eram esperados, com lucro de US$ 1,06 por ação, enquanto o previsto era de US$ 0,89.
Esse otimismo fez a empresa reconsiderar as estimativas para a receita total de 2019, que agora chega a US$ 69,5 bilhões, US$ 500 milhões a mais que a previsão anterior. Mesmo que a companhia tenha obtido um lucro líquido de US$ 4,2 bilhões, 17% inferior em relação ao ano passado, que foi de US$ 5 bilhões, a Intel aposta que o pior já passou.
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CEO é otimista, mas o mercado não
Depois dos resultados do segundo trimestre, o CEO da Intel, Bob Swan, mostrou otimismo em relação ao restante do ano, afirmando que a performance da companhia foi conseguida com base na "crescente demanda de dados e aplicativos que fazem uso intensivo de computadores". De acordo com Swan, isso elevou a necessidade dos clientes por produtos de alto desempenho, o que os fez procurar a Intel como parceira.
No entanto, a gigante teve perdas nos segmentos de chips para desktops e servidores. E, após a chegada dos processadores AMD Ryzen de terceira geração ao mercado, no dia 7 de julho, vários especialistas têm afirmado que comprar uma CPU Intel, neste momento, só vale a pena em casos extremamente específicos.
As luzes no fim do túnel
Embora a situação não seja desesperadora para a empresa, enfrentar perdas não é, digamos, uma rotina para a Intel. Para voltar a dominar o mercado, as CPUs Intel Core de décima geração (Sky Lake) para desktops e servidores serão lançadas até o início de 2020.
A empresa também anunciou que venderá sua divisão de modens 5G para a Apple por US$ 1 bilhão.