Segundo uma pesquisa realizada pela CivicScience com 1.799 adultos dos Estados Unidos, a nova moeda digital do Facebook (Libra), anunciada há algumas semanas, não está tão popular. A enquete questionou o nível de interesse, bem como a confiança na criptomoeda e na própria empresa. Os resultados não são muito favoráveis, pois, embora menos de 10% dos participantes já tenham investido em criptomoeda anteriormente, porcentagens significativas indicam que a maioria das pessoas não demonstra interesse nem confia na novidade.
A respeito do nível de interesse dos participantes na nova criptomoeda, apenas 5% dos entrevistados demonstraram se importar com a Libra. Mais de 85% dos participantes não estavam interessados no novo serviço, e 10% não tinham certeza acerca de seus interesses. A maioria dos entrevistados que demostraram interesse pertenciam à classe de adultos entre 18 e 24 anos.
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A enquete também interrogou os entrevistados sobre a confiabilidade nas novas moeda e carteira digitais, em relação ao Bitcoin e a outras criptomoedas já existentes no mercado. Os resultados indicaram que apenas 2% dos adultos que expressaram sua opinião acreditavam que a Libra e sua carteira Calibra seriam mais confiáveis que o Bitcoin. Do total de adultos, 35% afirmaram que confiariam muito menos na nova criptomoeda, 5% um pouco menos, enquanto 19% disseram que confiariam igualmente nas duas opções.
Pesquisa mostra desinteresse na Facebook Libra. (Fonte: Pixabay/Reprodução)
Quando questionados se confiam na mídia social Facebook, mais de 20% dos adultos entrevistados confirmaram confiar um pouco, e apenas 2% confiam muito. Por outro lado, 77% dos participantes disseram que não confiavam na empresa.
Razões da desconfiança
Em meados de junho deste ano, Mark Zuckerberg anunciou o lançamento de sua criptomoeda para 2020, com o objetivo de possibilitar transações financeiras dentro das plataformas — Instagram, Facebook, Messenger e WhatsApp. Como se vê, a popularidade do novo serviço não está muito em alta, mesmo antes do funcionamento.
O baixo porcentual de pessoas que confiam na mídia social e na sua nova proposta pode estar relacionado ao histórico de escândalos de privacidade e manuseio de dados de seus usuários. A CivicScience informou, no entanto, que mais pesquisas são necessárias para se compreender esses níveis de desconfiança.
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