Os apps mais bem posicionados em suas categorias na Play Store são, geralmente, muito bem monetizados; porém, poucos sabem que a Google retém 30% do lucro de todas as transações feitas dentro dos aplicativos distribuídos pela loja. Para driblar essas taxas, muitas empresas têm adotado uma nova estratégia de pagamento em seus produtos, e o Tinder recentemente anunciou ser uma delas.
O método consiste em exigir que os usuários insiram seus dados de cartão de crédito diretamente no aplicativo, evitando que a transação passe pela loja. Depois, o aplicativo não apenas grava as informações inseridas, mas também remove a opção de voltar ao Google Play para pagamentos futuros.
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“Na Match Group [empresa dona do Tinder], estamos constantemente testando novas atualizações e recursos para oferecer maior conveniência, controle e poder de escolha aos nossos usuários”, disse a porta-voz da Match Group Justine Sacco ao Bloomberg.“Sempre tentaremos fornecer opções benéficas aos nossos usuários, e oferecer mais opções de pagamento é um exemplo disso."
(Fonte: Flickr/Colin Charles)
Prática cada vez mais comum
O Tinder não é o único nome forte dentre as empresas que tomaram atitudes contra as taxas da Google. Em 2018, o famoso game Fortnite decidiu nadar contra a maré do mercado e lançar o seu jogo em uma plataforma própria, declarando assim uma guerra direta à Google, à App Store e também à Steam.
Além disso, os serviços de streaming Netflix e Spotify já demonstraram problemas no passado com suas respectivas lojas, se posicionando contra esse sistema de taxação.
A Google e a Apple se defendem argumentando que essa cobrança é o que mantém as lojas em funcionamento, mas as empresas rebatem dizendo que o valor cobrado é desnecessariamente alto.
Até o momento, a Google não se pronunciou a respeito das novidades divulgadas pelo Tinder.
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