Meredith Whittaker, uma das líderes do movimento #GoogleWalkout4Change — que denunciava a maneira negativa como a Google lidava com as questões de assédio na empresa —, disse nesta semana que está deixando a gigante de tecnologia. Posteriormente, a companhia confirmou a notícia que surgiu no Twitter e foi replicada pelo Bloomberg.
Vale lembrar que Whittaker não é a primeira pessoa envolvida nos protestos a pedir demissão: no mês passado, Claire Stapleton também anunciou que estava saindo da Google.
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Após as manifestações contra as políticas da empresa, ambas as funcionárias relataram a diversos veículos de comunicação que estavam enfrentando retaliações. Outros colaboradores também disseram estar passando pelas mesmas situações, como uma possível consequência de sua participação na greve.
Meredith Whittaker anunciou a sua saída da Google na última semana. (Fonte: Fortune/Rebecca Greenfield)
Início dos problemas
A paralisação envolvendo milhares de funcionários ocorreu em novembro de 2018. O movimento foi realizado após o New York Times divulgar um relatório apontando que o cocriador do Android, Andy Rubin, deixou a companhia com um pagamento de US$ 90 milhões, mesmo após as lideranças terem conhecimento das várias denúncias sobre a conduta sexual do executivo.
Os protestos de funcionários foram além desse tema. Também no ano passado, houve eventos contra o projeto Dragonfly (mecanismo de busca censurado da empresa para a China) e contra o contrato que a Google mantinha com o Pentágono para uso de inteligência artificial em análise de vídeos feitos por drones.
A empresa divulgou uma nota no mês passado afirmando que não renovaria os contratos com o governo americano.
Fontes