Peter Thiel, um executivo da mesa diretora do Facebook, chamou a Google de desleal e pediu ao governo dos Estados Unidos para investigar a companhia. Ele sugeriu também que sejam observados dados possivelmente compartilhados com os chineses, durante a Conferência Nacional de Conservadorismo.
Thiel é um dos idealizadores da empresa de softwares e serviços tecnológicos Palantir, que atua para o governo Trump. No encontro com autoridades da ala conservadora, ele relacionou três pontos, que, segundo ele, deveriam ser conferidos de perto pela CIA e pelo FBI.
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Peter Thiel, executivo do Facebook. Fonte: CNBC/Reprodução
“Número um, quantas agências estrangeiras de inteligência se infiltraram no seu ‘Projeto Manhattan para inteligência artificial (IA)?”, questionou. Ele fez referência ao Maven, programa de desenvolvimento de IA para drones que a Google tocava junto com o Exército estadunidense. Como muitos devem lembrar, a Gigante das Buscas desistiu de renovar o contrato por conta das respostas negativas de seus próprios colaboradores, preocupados com questões éticas e privacidade de dados.
Thiel não falou sobre o Facebook
Em segundo lugar, o executivo perguntou se a “administração sênior do Google considera-se completamente infiltrada pela inteligência chinesa” e afirmou que a companhia teve uma atitude de “traidora” ao “trabalhar com militares chineses e não com militares dos Estados Unidos”. Não dá para saber exatamente se a Palantir teria dados que possam confirmar essas conexões.
Thiel, por outro lado, não falou a respeito do Facebook, que, como sabemos, teve muitos problemas com vazamento de dados no ano passado, seja por conta do caso Cambridge Analytica ou por invasão de hackers.
A Google não se manifestou sobre esses comentários.
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