O governo iraniano apreendeu quase mil computadores que estavam sendo utilizados ilegalmente para minerar Bitcoin. As autoridades descobriram a atividade — que é crime por lá — depois de notarem um aumento incomum de 7% no consumo de energia do país. O crime ocorreu em duas fazendas de mineração da criptomoeda, localizadas na cidade de Yazd, na região central do Irã.
Segundo o porta-voz do Ministério de Energia iraniano, Mostafa Rajabi, a rede elétrica chegou a ficar instável na região por conta do aumento do consumo, causando diversos problemas para os moradores. Rajabi disse ainda que a energia consumida para a mineração de cada Bitcoin é igual à potência usada por 24 residências ao longo de 1 ano inteiro.
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A energia no país é subsidiada pelo governo, chegando a ser gratuita em escolas e mesquitas
O Irã tem sido usado para a mineração de criptomoedas devido ao custo relativamente baixo da eletricidade. A energia no país é subsidiada pelo governo, chegando a ser gratuita em escolas e mesquitas, por exemplo. Isso torna esses locais espaços comuns para fazendas ilegais de mineração de criptomoedas. Recentemente, um jornal estatal divulgou que um agricultor estava se beneficiando desse subsídio para minerar criptomoedas.
Além do baixo custo da energia elétrica, o uso da criptomoeda no Irã pode ser uma alternativa às sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos ao país. Como a tecnologia blockchain permite que sejam feitas transações financeiras sem a dependência de grandes bancos, o Irã poderia se beneficiar do seu uso. Autoridades iranianas já disseram que estão considerando lançar uma criptomoeda apoiada pelo Estado para facilitar algumas relações comerciais.
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