A ideia de privatizar os Correios vem crescendo nos últimos anos e está mais madura nos últimos meses. Agora, após a demissão de Juarez Aparecido Cunha, que era contrário a essa mudança, muito tem se falado sobre o assunto — especialmente quando surgem nos bastidores os boatos de que as gigantes varejistas Amazon e Alibaba estejam de olho na movimentação para uma possível aquisição do serviço de entregas.
Não estamos ainda falando em nada de privatização, diz o general Floriano Peixoto Neto
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O novo presidente, o general Floriano Peixoto Neto, assumiu posse na segunda-feira (24) e, de acordo com o Telesíntese, manteve o tom nacionalista do antecessor e, diferente do que muita gente esperava, disse que ainda não pode assegurar a venda da estatal. “Não estamos ainda falando em nada de privatização. Minha intenção é ir para lá trabalhar para fortalecer, para fazer a empresa crescer, ficar mais gigante ainda do que ela é.“
O tom de discurso, pelo menos por enquanto, é de continuidade do trabalho. “Uma coisa de cada vez. Vamos trabalhar para a empresa crescer. É isso que todos nós queremos. O Correio é do Brasil, é uma empresa nossa, e que nós temos muito orgulho”, destacou, após a cerimônia no Palácio do Planalto.
Fonte: Valter Campanato/Agência Brasil/Reprodução
Após prejuízos registrados entre 2013 e 2016, os Correios conseguiram um alívio com receita positiva de R$ 667,3 milhões em 2017 e R$ 161 milhões em 2018. Para realizar a negociação, o governo precisa da aprovação do Congresso, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal.
A Amazon e a Alibaba não confirmam o interesse e ainda não falaram sobre o assunto.
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