Muito tem se falado sobre o possível abandono do Android pela Huawei, devido às restrições impostas pelo governo Trump na guerra comercial entre Estados Unidos e China — há até mesmo indícios de um bloco compatriota na adesão de um novo sistema operacional. Agora, Guo Minghao, analista de mercado da Tianfeng International, prevê não somente que isso deva acontecer como também que o HongMeng (ou ArkOS, como é chamado no ocidente) deva chegar em outubro.
Previsão é de que a distribuição de aparelhos da Huawei seja maior do que o mercado espera
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As informações são da mídia chinesa, que teve acesso ao relatório de Minghao sobre o cenário atual. De acordo com o documento, se o controle estadunidense sobre o fornecimento de tecnologia ianque permanecer o mesmo diante dos chineses, é bem possível que o HongMeng seja mesmo lançado daqui 4 meses, inicialmente em regiões emergentes e na Europa.
E mais: mesmo com o boicote, a distribuição de aparelhos da Huawei seria maior do que a previsão do mercado para este ano, que é de 1,8 milhão a 2,1 milhões de unidades.
Aparelhos premium devem seguir, pelo menos por enquanto, com o Android
“Se nossas previsões se confirmarem e o controle de exportação dos Estados Unidos continuar o mesmo, a Huawei se beneficiará da demanda de alta temporada do 4º trimestre de 2019. As remessas de telefones podem ficar entre 2,15 milhões e 2,25 milhões de unidades”, diz o analista.
Minghao afirma também que o foco inicial de distribuição do HongMeng será o mercado de entrada e intermediários fora da China. Isso porque o sistema operacional seria “jovem demais” para suportar a demanda das aplicações dos telefones premium. Inicialmente, a novidade estaria na Europa Central e Oriental e em praças emergentes.
Fornecedores estariam dialogando uma saída
A possibilidade da manutenção da carga de fabricação da Huawei, mesmo com queda nas vendas e cenário pouco favorável com a saída de players fundamentais em sua cadeia de fornecedores, estaria atrelada a alguns fatores apontados por Minghao. O primeiro deles é a suposta vontade que todas as partes teriam para manter o diálogo e bom relacionamento com a gigante chinesa.
Assim, os parceiros estariam adequando seus suprimentos para continuar fazendo negócios sem violar as condições impostas por Trump. Além disso, mudanças de foco na discussão que envolvem a guerra comercial entre China e Estados Unidos podem fazer com que esse assunto esfrie e favoreça a Huawei.
Fonte: CNetFonte: CNet
Embora as projeções sejam baseadas em um estudo feito sobre toda a cadeia de abastecimento, vale destacar que as definições pouco claras sobre o controle de exportação de ambos os países — assim como o futuro desse tema — podem trazer um panorama bem diferente.
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