A guerra comercial entre China e Estados Unidos chegou a patamares nunca antes vistos, com ameaça de banimento da Huawei e outras compatriotas do solo norte-americano. Trump assinou uma ordem do executivo que dá ao governo o poder de impedir empresas americanas de comprarem equipamentos de 71 companhias chinesas de tecnologia.
A resposta foi imediata. Um porta-voz do Ministério do Comércio afirmou que o governo da China “se opõe fortemente à imposição por outros países de sanções unilaterais a entidades chinesas” e afirmou que os Estados Unidos devem evitar ações que possam dificultar ainda mais as relações entre os dois países.
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Decisão de Trump não interessa nem a um lado e nem ao outro, diz Huawei
A Huawei disse que a decisão de Trump “não interessa a ninguém”. "Isso causará danos econômicos significativos às empresas americanas com as quais a Huawei faz negócios, afetará dezenas de milhares de empregos nos Estados Unidos e prejudicará a colaboração atual e a confiança mútua que existem na cadeia de fornecimento global". O grupo também afirmou estar comprometido em encontrar maneiras para remediar a situação atual e quer "mitigar os impactos deste incidente".
China adotará medidas de proteção
A Casa Branca diz que sua decisão tem como objetivo proteger o país "dos adversários estrangeiros que exploram cada vez mais as vulnerabilidades da infraestrutura, dos serviços de tecnologia da informação e das comunicações nos Estados Unidos".
Já os orientais prometem responder à altura. "A China enfatizou muitas vezes que não se deve abusar do conceito de segurança nacional, e que ele não deve ser usado como ferramenta para protecionismo comercial. A China adotará todas as medidas necessárias para proteger os direitos legítimos das empresas chinesas", disse Gao Feng, porta-voz do Ministério do Comércio chinês.
A repressão à Huawei acontece justamente às vésperas de uma visita do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steve Mnuchin, à China. As expectativa de um acordo diminuíram após esses últimos episódios.
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