A cruzada da China contra as criptomoedas não é recente, mas está prestes a ganhar um novo e definitivo capítulo. O governo do país asiático demonstrou a sua intenção de simplesmente banir a mineração de moedas digitais no país e citou algo bem simples como razão: esse negócio representa “um sério desperdício de recursos”.
Essa possibilidade foi descrita em um documento da Comissão de Reforma do Desenvolvimento Nacional, órgão responsável pelo planejamento econômico chinês, e está junta de outros setores que podem ser banidos pela mesma razão.
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O próximo passo é uma consulta pública sobre o tema, algo que ocorre até o dia 7 de maio, para que uma decisão seja tomada. Tudo indica, porém, que um possível banimento às criptomoedas entre em vigor tomado assim que a medida for aprovada, caso isso aconteça.
Sem vida fácil na China
A mineração é o nome que se dá ao processo de validação das transações de moedas digitais, rendendo sempre algumas moedas quando isso acontece. A China é, hoje, o país com o maior número de “fazendas” de mineração de criptomoedas, mas esse tipo de negócio nunca teve vida fácil por lá.
Já em 2013, por exemplo, os bitcoins foram banidos dos bancos do país e de lá para cá a coisa não melhor, com o governo chinês tentando acabar com a privacidade das blockchains, reprimindo canais ligados ao tema em apps de mensagens, proibindo o lançamento de novas moedas e até mesmo prendendo um sujeito por desviar energia elétrica em fazendas de mineração.
Caso o banimento da mineração seja aprovado na China, os responsáveis por esse tipo de negócio precisarão migrar as suas operações para fora do país.
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