Você já deve ter ouvido falar dos planos que Mark Zuckerberg tem de usar o WhatsApp, o Instagram e o Facebook Messenger para criar um mensageiro único. Segundo o CEO das redes sociais, essa seria uma forma de aumentar a segurança e manter mais pessoas em um comunicador padronizado — seria possível, por exemplo, usar o nível de proteção criptografada do WhatsApp.
Só que muita gente não está vendo somente essa lado da questão — e com razão. Autoridades europeias, que já questionam muitas das políticas de privacidade de gigantes da tecnologia, como a Google e o próprio Facebook, entendem que essa fusão de operações pode dificultar um possível desmembramento da companhia toda — o que vem sendo sugerido por políticos e reguladores.
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Agora, a Justiça brasileira também entra na parada com o Ministério Público do Distrito Federal, que na ontem (11) passou a investigar as consequências da unificação de plataformas. Segundo a Reuters, o procedimento administrativo foi aberto pelo promotor Frederico Meinberg Ceroy, que coordena a Unidade Especial de Proteção de Dados de Inteligência Artificial (Espec).
O objetivo é acompanhar o processo todo e verificar se as mudanças se encaixam nas normas brasileiras de proteção de dados. Após a autuação, o MP vai notificar o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), informando os trabalhos que envolvem essa apuração.
Sobre a integração, em si, Zuckerberg diz buscar mais transparências e armazenar menos dados e por menor tempo. A previsão é de que ela não aconteça até o final do ano — mas, como dá para notar, já tem bastante gente se coçando com as consequências disso.
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