O Spotify anunciou hoje (06) os números do quarto trimestre de 2018 e comemorou o aumento de assinantes e de receita no período. Além de mostrar o relatório que animou os investidores, a companhia também confirmou os planos para se tornar a maior produtora e distribuidora de podcasts da web.
Números foram 30% acima dos resultados apresentados no Q4 de 2017
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A empresa registrou 207 milhões de usuários ativos mensais, ante 191 milhões no último trimestre. Os assinantes premium subiram de 87 milhões para 96 milhões, enquanto os ouvintes com anúncios aumentaram de 109 milhões para 116 milhões. Para termos de comparação, o Spotify tinha 71 milhões de usuários premium e 93 ouvintes "livres" no mesmo período do ano passado.
Esses números ajudaram a empresa a divulgar uma receita saudável de 1,5 bilhão de euros (aproximadamente US$ 1,7 bilhão ou R$ 6,3 bilhões) e, pela primeira vez, um lucro operacional trimestral de 94 milhões de euros (aproximadamente US$ 107 milhões ou R$ 397 milhões). No fechamento do Q4 2017, houve perda de 87 milhões de euros (aproximadamente US$ 99 milhões ou R$ 367,5 milhões).
Fonte: Spotify
Boa parte dessa alta no final do ano se deve à promoção que distribuiu gratuitamente Google Home Minis para quem assinou o plano familiar da plataforma. “Fizemos a promoção durante o quarto trimestre e ela superou as expectativas de novas adições de inscritos. Ao longo de 6 semanas, quase 7 milhões de inscritos foram adicionados através desta campanha, incluindo um registro de quase 500 mil em um único dia.”
Investimento massivo em podcasts
Na segunda-feira (4), noticiamos por aqui que o Spotify estava de olho na startup de podcasts Gimlet Media, que conta um portfólio cheio de atrações famosas, a exemplo de “StartUp”, “Reply All”, “Crimetown”, "Homecoming" e “The Pitch”. Na apresentação de hoje, o CEO Daniel EK confirmou a compra da empresa — mas não disse se pagou mesmo os US$ 200 milhões estimados pela mídia.
Spotify quer superar a Apple como distribuidora de podcasts
E mais: Daniel adiantou que também está adquirindo a Anchor, que vai poder ajudar os criadores de podcasts a registrar, publicar e gerenciar seus próprios programas. O serviço de streaming não divulgou os termos do negócio, mas avisou que ele deve estar concretizado até março. "Essas empresas são as melhores da categoria e juntos vamos oferecer conteúdo diferenciado e original", comentou o executivo.
Abaixo somente da Apple como maior plataforma distribuidora de podcasts, o foco agora é superar a concorrente — que, diga-se de passagem, demonstra certo desinteresse e parece não estar tão disposta a lutar com unhas e dentes por esse setor. Com isso, o caminho fica mais livre para o Spotify, que já prevê entre US$ 400 milhões a US$ 500 milhões em novas aquisições dessa seara até o final da temporada.