A Tesla divulgou seus resultados para o quarto trimestre do ano passado a fez uma análise geral de todo de 2018. Pelo segundo trimestre consecutivo a companhia conseguiu obter lucro, sendo que ela vinha de uma série de trimestres amargurando perdas substanciais. Elon Musk parece ser o tipo de CEO que está sempre buscando trabalhar no limite, ou acima dele, já que um desafio constante da Tesla é alcançar, manter e ampliar suas metas de produção.
Em 2018, a companhia viu a necessidade de aumentar suas vendas e cortar custos, até mesmo depois de tantos prejuízos. No próximo mês de março, ela tem uma dívida de mais de US$ 900 milhões para quitar. Musk disse que a companhia tem o dinheiro para fazer o pagamento, mas seus esforços para aumentar a lucratividade são nítidos. No quarto trimestre de 2018 o lucro foi de US$ 139,48 milhões. É um bom número se comparado à perda de US$ 675,4 milhões obtida no mesmo período de 2017.
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Musk disse que está otimista para o primeiro trimestre de 2019, porém reconhece que a margem de lucro deve ser mínima, com os negócios melhorando nos próximos trimestres até o fim do ano. A previsão é vender de 360 a 400 mil carros, o que significa um crescimento entre 45 e 65 por centro em relação a 2018.
Misturando novos e velhos desafios, a partir deste ano a montadora vai começar a produzir o Model Y, um utilitário esportivo. Mas sua produção em massa só deve ser alcançada no final de 2020, quando a fábrica que começou a ser construída em Xangai estiver pronta. Portanto, o Model 3 ainda terá que carregar a empresa “nas costas” por todo o ano de 2019. Para isso, ela espera chegar à meta de 7 mil veículos por semana até dezembro.
Umas das dificuldades da Tesla é o fato do crédito fiscal oferecido pelo governo americano ter caído pela metade, devido ao próprio sucesso da empresa. E em meados de 2019 esse crédito deve sofrer outra redução. Por esse motivo, ela havia cortado os preços de todos os modelos de carros em US$ 2 mil, mas o Model 3, que deveria estar saindo por US$ 35 mil, em alguns casos, costuma custar mais de US$ 50 mil.
Para o futuro, a carta na manga da montadora deverá ser o Model Y, que herdará o mesmo processo de fabricação do Model 3, o que vai propiciar uma produção mais econômica e rápida, além do fato de que 75 por cento das peças do Model Y serão as mesmas do Model 3.