A briga entre Estados Unidos e China parece estar longe de terminar. Após a Huawei ter sido indiciada judicialmente pelo governo norte-americano, tendo recebido 23 acusações criminais, a empresa chinesa nega os roubos e fraudes pelos quais está sendo processada. A Huawei encara nos tribunais americanos acusações de fraude bancária, obstrução da justiça e roubo de documentos confidenciais que contêm o acesso a tecnologias registradas.
Tudo estaria relacionado à prisão da CFO da empresa, Meng Wanzhou, no Canadá, ainda em 2018
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Essas acusações são dividas em duas partes, sendo 13 delas ligadas à fraude bancária e outros problemas financeiros e 10 relacionadas ao roubo de tecnologia. Tudo estaria relacionado à prisão da CFO da empresa, Meng Wanzhou, no Canadá, ainda em 2018. Alega-se que a Wanzhou teria ajudado a Huawei a driblar sanções ao fazer negócios com o Irã.
Em segundo lugar, vem a acusação sobre a Huawei de ter roubado propriedade intelectual da operadora de telefonia celular norte-americana T-Mobile, que alegou, ainda em 2014, que a empresa chinesa teria roubado tecnologias relacionadas ao robô de testes de smartphones chamado Tappy.
Sem conversa
A Huawei negou todas as acusações e alegou dificuldades para dialogar com o Departamento de Justiça norte-americano: “A Huawei está decepcionada ao saber das acusações feitas contra a empresa hoje. Após a prisão de Meng, a empresa buscou uma oportunidade para discutir a investigação feita pelo Distrito Leste de Nova York com o Departamento de Justiça, mas a solicitação foi rejeitada sem explicação”, disse um porta-voz à publicação TechRadar Pro.
A Huawei se defende de todas as acusações que vêm sendo feitas em relação a empresa
A empresa chinesa foi efetivamente excluída do mercado norte-americano, embora forneça equipamentos para várias empresas menores no país, enquanto a Austrália proibiu suas operadoras de telefonia celular de usarem equipamentos da Huawei na implantação da internet móvel 5G por razões de segurança nacional.
A Huawei se defende de todas as acusações que vêm sendo feitas em relação a empresa, que vão desde essas citadas no texto até de agirem por meio de espionagem em nome do governo chinês. A discussão sobre o assunto, obviamente, ainda está longe de terminar.
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