Em 2017 tivemos um boom na mineração de criptomoedas, elevando as vendas de placas de vídeo a um nível altíssimo comparando-se com épocas em que Bitcoin era assunto exclusivamente de “nerds”. A partir de 2018, o valor da criptomoeda mais popular veio caindo, fazendo os lucros diminuírem e, consequentemente, não valendo mais a pena a prática da mineração “caseira”, visto que o custo da energia elétrica geralmente tem o movimento contrário. Dessa forma, as vendas de GPUS começaram a perder o ritmo.
A empresa de pesquisa de mercado Jon Peddie Research registrou uma queda de 16 por cento nas remessas de GPUs no terceiro semestre de 2019, em comparação com o mesmo período de 2018. Ela associa essa baixa demanda ao excesso de produtos que encalharam nas lojas, após a contínua desvalorização do Bitcoin.
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O mercado de GPUs para desktops é o único que é diretamente afetado pela mineração de criptomoedas, uma vez que elas são os principais componentes usados no processo, quando a mineração é feita com PCs e não com as máquinas ASICs. Minerar com notebooks não vale a pena, já que as placas de vídeo integradas possuem poder de processamento reduzido, além do sistema de refrigeração desses equipamentos não ser adequado para esse tipo de atividade, o que, fatalmente, acarretaria um sobreaquecimento.
A Jon Peddie afirmou que os impostos que os EUA começaram a praticar sobre os produtos da China também tiveram um pequeno impacto, e que pode ser um pouco maior no quarto semestre.
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