Elon Musk vai terminando o seu ano mais difícil desde que foi alçado ao status de gênio com mais uma bronca, desta vez da NASA. A agência espacial norte-americana, que tem contrato com a SpaceX, garantiu que o executivo não será mais visto fumando em maconha e bebendo uísque em público novamente — algo que, como bem lembramos, aconteceu durante uma entrevista do sul-africano ao podcast The Joe Rogan Experience, em setembro.
Musk é comprometido com a segurança e entende que isso não era um comportamento apropriado, diz administrador da NASA
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"Não foi algo útil e não inspirou confiança. Os líderes dessas organizações precisam tomar isso como um exemplo do que fazer quando você lidera uma organização que vai transportar astronautas americanos. Ele é tão comprometido com a segurança como qualquer um e entende que isso não era um comportamento apropriado. Você não vai ver isso de novo", assegurou o administrador da NASA Jim Bridenstine, em entrevista ao The Atlantic.
A NASA segue afirmando que uma recente inspeção de segurança já havia sido agendada antes de Musk aparecer com o cigarrinho de artista, mas alguns oficiais confirmaram que o exame foi marcado por conta da atitude do CEO. Bridenstine diz que a revisão é uma medida de segurança para que as companhias não estejam propensas a acidentes no local de trabalho. Ele citou também a preocupação com as longas jornadas — sabendo que o inventor é um workaholic assumido.
Fonte: NASA
As parcerias entre a NASA e a SpaceX e a Boeing prevêem viagens dos astronautas estadunidenses até a Agência Espacial Internacional (ISS em inglês) a partir de 2019 e custa ao governo dos Estados Unidos US$ 6,8 bilhões.
NASA cita acidentes com Apollo 1, Challenger e Columbia
Embora a maconha seja legalizada na Califórnia, onde foi gravado o podcast de Rogan, Bridenstine diz que está de olho no uso de outras drogas, como cocaína e ópio, que poderia causar sérios erros de julgamento e desempenho dos astronautas durante as missões. Como exemplo, ele citou acidentes históricos, como o da Apollo 1, em 1967, da Challenger, em 1986, e do Columbia, em 2003.
“Cada um desses acidentes teve várias complicações. Claro, a parte tecnológica foi uma grande responsável. Mas outra pergunta que sempre aparece é: qual era a cultura da NASA? Qual era a cultura de nossos contratados? Haviam pessoas que estavam levantando uma bandeira vermelha que não vimos e essa cultura contribuiu para o fracasso e, nesses casos, para o desastre?"
Bridenstine justifica que a ação para “censurar” Musk faz parte de uma medida preventiva. “Queremos nos antecipar. Queremos ver, neste momento se eles (SpaceX e Boeing) estão sofrendo pressão do cronograma, estão sofrendo pressão do custo e essas preocupações desafiam o processo de pensamento de uma forma que pode ser perigosa? ”
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