A chinesa Huawei está sendo acusada nos EUA de roubar tecnologia protegida por patentes de uma pequena companhia chamada CNEX. Toda a confusão gira em torno de um homem chamado Yiren Huang, que foi contratado em 2011 pela Huawei para trabalhar no desenvolvimento de novos SSDs.
Em 2013, Huang saiu da chinesa para fundar a CNEX. O executivo afirma que a chinesa ficou de olho na nova pequena concorrente e, em determinado momento, até mostrou interesse em se tornar cliente. Huang, contudo, afirma que esse contato não passou de uma tentativa de a Huawei roubar tecnologia da CNEX.
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Contudo, em 2017, quem tomou a iniciativa foi a Huawei, acusando na justiça a CNEX e Huang de roubarem sua tecnologia para construção de SSDs. Fora isso, a chinesa também acusou a adversária de deliberadamente “roubar” 14 funcionários para trabalhar na tecnologia adquirida ilegalmente.
A Huawei está ansiosa para defender sua propriedade intelectual nos tribunais
Agora, em 2018, foi a vez da CNEX processar a Huawei por roubo de tecnologia. Em entrevista à Bloomberg, a chinesa negou as acusações. “Essas acusações são simplesmente uma tentativa de imitar as acusações que a Huawei fez legalmente contra a CNEX e ao Sr. Huang. A Huawei está ansiosa para defender sua propriedade intelectual nos tribunais”, disse um porta-voz da chinesa.
Esse é apenas mais um capítulo da longa batalha que a Huawei vem enfrentando para se estabelecer no mercado norte-americano. Primeiro, o congresso pressionou a operadora AT&T a abandonar seus planos de vender smartphones da marca nos EUA.
Depois, o departamento de segurança do país começou a banir esses dispositivos de bases militares e impedindo a compra deles por parte de departamentos públicos. Por fim, a Anatel americana começou a impedir que empresas usem os equipamentos de rede da chinesa. O congresso dos EUA tem inclusive pressionando o Canadá a fazer o mesmo.