As criptomoedas tiveram em dezembro do ano passado seu grande auge, quando a Bitcoin chegou a estar cotada por quase US$ 20 mil (R$ 75,1 mil nos valores desta quarta-feira, 10). Depois disso, esse mercado começou registrar quedas graduais e a Bitcoin atualmente custa US$ 6,5 mil (cerca de R$ 24,4 mil). Agora, um estudo da companhia de pesquisa de tecnologia Juniper afirma que essa indústria deve continuar em decadência, “à beira de uma implosão”.
Segundo o levantamento, durante o primeiro trimestre desta temporada, as transações de criptomoedas totalizaram pouco mais de US$ 1,4 trilhão. Um valor expressivo, ainda mais quando comparado com todo o ano de 2017, que teve movimentações no valor geral de US$ 1,7 trilhão. O que chama a atenção é que no segundo trimestre de 2018 os valores das transações caíram 75% — inferior a US$ 355 bilhões.
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A Juniper espera uma queda adicional de 47% terceiro trimestre de 2018, em comparação com o trimestre anterior. Os pesquisadores afirmam que a incerteza econômica costuma encorajar o crescimento, mas, segundo o Bloomberg, “mesmo as relações comerciais entre a China e os EUA e os problemas relacionados ao Brexit não despertaram qualquer interesse no setor de criptomoeda”.
Gráfico ilustra queda no setor. Fonte: Juniper Research
Os volumes diários de transações com Bitcoin caíram de quase 360 mil por dia no final de 2017 para cerca de 230 mil por dia em setembro de 2018. Os valores diários de transação também apresentam baixa, de US$ 3,7 bilhões para menos de US$ 670 milhões, em relação ao mesmo período do ano passado.
Segundo a pesquisa, entre os fatores que contribuíram para isso estão pressões no mercado para proibir a publicidade da oferta inicial de moedas (ICO, em inglês), regulamentações mais rígidas das empresas de cartão de crédito e manipulação de preços das bolsas de valores. Por outro lado, alguns especialistas avaliam que essa baixa antecede uma nova grande alta no final do ano — é esperar para ver.
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