Em acordo realizado junto à Comissão de Títulos e Câmbios dos Estados Unidos (SEC, na sigla original), Elon Musk foi forçado a deixar a presidência do conselho da Tesla e terá que pagar uma multa de US$ 20 milhões. Apesar disso, ele continuará ocupando um cargo na diretoria e permanecerá como presidente (CEO) da companhia à qual se juntou em 2004.
Segundo a SEC, a Tesla também recebeu uma multa de US$ 20 milhões, por não ser capaz de controlar as postagens de Musk no Twitter nem tomar providências em relação a isso — a agência alega que a companhia notificou o mercado em 2013 que passaria a se comunicar com os seus públicos também por meio da conta do executivo na rede social.
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Os US$ 40 milhões originados das duas multas serão distribuídos entre os investidores lesados
Os US$ 40 milhões originados das duas multas serão distribuídos entre os investidores lesados conforme o processo seja aprovado pela Justiça. A companhia fica, ainda, obrigada a incluir dois novos membros independentes na sua diretoria e a criar uma comissão de diretores independentes que vai fiscalizar as comunicações da empresa, enquanto Musk fica inelegível presidente do conselho da companhia por 3 anos.
“O pacote de medidas anunciado hoje foi especificamente projetado para tratar da má conduta em questão e fortalecer a governança corporativa e a supervisão da Tesla a fim de proteger os investidores”, declarou a codiretora da Divisão de Fiscalização da SEC Stephanie Avakian.
Entenda o caso
Em 7 de agosto, Elon Musk twittou que poderia comprar as ações da Tesla por US$ 420 a fim de tornar a companhia privada novamente, um preço bem acima do valor de cada papel da companhia naquele momento. Em sua denúncia contra Musk, a SEC alega que a postagem fez as ações da empresa subirem 6% no mesmo dia, “levando a uma significativa perturbação do mercado”, revela o site da agência.
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