Depois de anunciar o bilionário japonês Yasaku Maezawa como primeiro cliente privado e turista da missão à Lua na Big Falcon Rocket (BFR), a Space X — empresa de serviços espaciais de Elon Musk — agora também aponta que não descarta a possibilidade de lançar armas no espaço, caso houvesse necessidade. A declaração foi dada pela presidente e COO da companhia, Gwynne Shotwell, durante um simpósio da Força Aérea dos Estados Unidos.
Em resposta à pergunta: “A Space X lançaria armas militares?”, Shotwell disse: “Nunca me perguntaram isso”, e acrescentou: “Se for para a defesa do país, sim, acredito que sim”. A fala da presidente foi recebida com certa admiração pela plateia do evento. A COO também completou que a BFR poderia fazer muito pela segurança dos Estados Unidos. A nave reutilizável será capaz de viajar o mundo em até 30 minutos e é a primeira com capacidade de levar turistas ao espaço.
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Além de falar sobre assuntos militares do país, a representante respondeu questões sobre os desafios e preocupações da SpaceX. No primeiro caso, ela destacou que seu cliente público mais desafiador foi a NASA, para a qual a companhia desenvolveu e irá lançar a cápsula Crew Dragon, com astronautas a bordo. Segundo Shotwell, a missão tem sido considerada de alto risco, de modo que o fracasso não é uma opção.
A presidente ainda se posicionou sobre a China, considerada hoje seu maior concorrente em missões espaciais. Para ela, o trabalho realizado no país tem sido motivo de preocupação, pois tem avançado rapidamente em suas soluções nesse aspecto, além de ser fortemente apoiada pelo seu governo. Em 2017, a SpaceX ultrapassou qualquer empresa dentro e fora dos Estados Unidos em missões espaciais, realizando 18 delas. Neste ano, já completou 16 e pretende chegar a algo entre 22 e 24 lançamentos. Já a China está com 24 lançamentos e tem como meta alcançar 40.
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