Um grupo composto por fundadores, executivos e funcionários do Tinder está processando a IAC (InterActiveCorp), dona de 80% do Match Group, empresa que controla o app de namoro mais famoso da internet. Os responsáveis acusam a companhia de impedir de forma deliberada a negociação livre de suas ações, forçando a venda para a própria IAC.
O processo foi aberto na Suprema Corte estadual em Manhattan, relata a Reuters, e pede uma indenização de US$ 2 bilhões por perdas e danos. De acordo com o grupo que processa o Tinder, um acordo firmado entre eles e a companhia garantia uma valorização da companhia em 2017, 2018, 2020 e 2021, e em todos os casos eles poderiam exercer a opção de negociar as ações.
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Acionistas processam a dona do Tinder em US$ 2 bilhões por perdas e danos
O site The Verge revela, porém, que os acionistas se sentiram lesados após o IAC unir o Tinder ao Match Group em 2017, quando eles teriam recebido um volume menor e menos valorizado de opções de negociação. O grupo ainda acusa a IAC de ter prejudicado intencionalmente a valorização do Tinder ao retardar o lançamento de novos recursos (como o Tinder Gold), além de ter ocultado informações sobre o crescimento da companhia e criado informações financeiras falsas.
Em nota, o IAC/Match Group afirma que respeita as alegações feitas pelos acionistas, mas garante ter seguido todos os ditames de valorização preconizados em contrato. “Estamos ansiosos por defender a nossa posição no tribunal”, finaliza a empresa.
Mais problemas
A revista Fortune relata que o mesmo processo também acusa de abuso sexual e assédio o presidente do Match Group Gregg Blatt. Segundo os reclamantes, ele teria cometido o crime em uma festa em 2016 e o caso teria sido encoberto pela empresa e pela IAC.