A Amazon é conhecida por uma política de preços agressiva e também por expor os seus funcionários a condições de trabalho um tanto quanto degradantes. E hoje (16), quando a empresa realiza o Prime Day, seu principal dia de promoções no ano, trabalhadores de armazéns da Amazon na Alemanha, na Espanha e na Polônia realizam protestos e paralisações.
“A mensagem é clara: enquanto fica rica, a gigante online está economizando dinheiro com a saúde de seus trabalhadores”, afirmou a líder sindical Stefanie Nutzenberger em entrevista a Reuters. Na Alemanha, a paralisação acontece em seis armazéns apenas nesta terça-feira e as atividades devem voltar ao normal amanhã.
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Trabalhadores da Amazon realizam protestos e paralisações em três países.
Na Espanha, entretanto, trabalhadores iniciaram uma paralisação de três dias. O objetivo dos grevistas é obter um acordo laboral que não reduza o tempo de descanso, evite cortes salariais e melhore as condições de trabalho, informa a central sindical Comisiones Obreras. Ao todo, 1 mil funcionários do maior armazém da gigante do varejo online, localizado nos arredores de Madrid, devem parar as atividades durante os três dias.
“Greves não são boas para ninguém, para companhia, trabalhadores ou clientes, mas nós precisamos manter a pressão na administração local”, comentou o sindicalista Douglas Harper.
As mobilizações organizadas na Alemanha e na Espanha se juntam às ações organizadas na Polônia, onde trabalhadores realizam um protesto conhecido como operação-padrão. Nesse tipo de protesto, os trabalhadores realizam as suas atividades com rigor excessivo, o que aumenta o tempo de execução e acaba interferindo no andamento geral das ações da empresa.
Em nota, a Amazon afirma que “os postos de trabalhos nos Centros de Atendimento da Amazon são excelentes e oferecem um ótimo ambiente para se aprender habilidades para iniciar e desenvolver ainda mais uma carreira”.
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