Após um ano e meio ocupando a principal cadeira da Cielo, o Eduardo Campozana Gouveia anunciou nesta sexta (13) que estará deixando o cargo de diretor-presidente da empresa, que é líder na América Latina no segmento de pagamentos eletrônicos. Antes, Gouveia atuava como presidente da Alelo Brasil, especializada no fornecimento e gestão de cartões-benefícios, os famosos vale-refeição, alimentação e afins.
Sem ressentimentos
De acordo com a Cielo, a saída de Gouveia aconteceu por motivos de foro pessoal e familiar. No comunicado que divulgou a renúncia, a marca agradece à dedicação do profissional e diz que sua gestão trouxe mais modernidade e proximidade com os clientes. "Em um ambiente crescentemente competitivo, a Cielo não apenas preservou a sua posição de liderança, como também garantiu a oferta mais completa do mercado de produtos e serviços para seus clientes", disse a comunicado assinado por Marcelo de Araújo Noronha, atual Presidente do Conselho de Administração da Cielo.
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O aviso também deu espaço para que Gouveia comentasse sobre sua saída da empresa:
“Minha passagem pela Cielo foi, certamente, uma das mais ricas de minha vida, no aspecto tanto profissional quanto pessoal. Sair foi a decisão mais difícil que já tomei. Demandou muito tempo e muita reflexão. Aqui na Cielo tive a oportunidade de fazer parte de um time de altíssima qualidade e desempenho, vivenciando um dos momentos de maior transformação da indústria de meios de pagamento. Tenho certeza de que os esforços que empreendemos serão recompensados no futuro em face do compromisso da companhia com a geração de valor aos seus acionistas. Deixo um grupo de colaboradores que tenho como parte de uma grande família, da qual tive orgulho de pertencer. Saio com sentimento de missão cumprida por ter dado passos firmes na direção correta.”
Tudo certo, nada resolvido
O diretor-presidente fica na empresa até o início do mês de agosto, quando deixará de vez o cargo. Até que uma nova pessoa seja encontrada e contratada,quem assume o posto é Clovis Poggetti Junior, vice-presidente de Finanças e de Relações com Investidores da Cielo. A empresa organizou uma conferência com os investidores para as 13 horas de sexta com o objetivo de formalizar a notícia.
Além de causar a queda das ações da Cielo no dia de hoje (até o fechamento dessa notícia, o valor dos papéis havia caído cerca de 2% em comparação com quinta), a notícia tem impacto para causar um burburinho no setor de meios de pagamento, que está em alta no país desde o começo do ano após o IPO da PagSeguro. A mãe da moderninha, aliás, parece que vai muito bem, obrigada: após sua oferta pública, a maior realizada por uma empresa brasileira nos EUA, a “Pag” lançou em junho uma nova oferta de ações na Bolsa de Nova York para captar mais USD 1 bilhão. Melhor a empresa homônima do nadador César se movimentar para não deixar a baixa diminuir o seu pique.
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