Quem nunca saiu de um processo seletivo intrigado com as verdadeiras intenções por trás de uma pergunta estranha? Às vezes, a turma do RH capricha na complexidade (e na criatividade) das questões feitas aos candidatos, e um bom exemplo disso são as entrevistas da Google, que há até bem pouco tempo eram capazes de colocar a sanidade mental de qualquer um à prova.
Ao longo de anos, inúmeros candidatos aos cargos de gerente e engenheiro de software e produto da empresa tiveram de responder a questões estranhíssimas, mas que tinham por objetivo analisar fatores que iam além do que era perguntado. Confira alguns dos exemplos mais bizarros, extraídos de uma lista do coach de carreira Lewis Lin, especialista em processos Google:
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Quanto você deveria cobrar para limpar todas as janelas de Seattle?
Em vez de quebrar a cabeça tentando chegar a um cálculo aproximado, o candidato tem de ser capaz de apresentar uma resposta simples. Algo do tipo “10 dólares por janela”.
Bole um plano de evacuação para a cidade de São Francisco
Mais do que apresentar um bom plano de evacuação para São Francisco – o que seria impossível –, a ideia aqui é que o candidato saiba abordar o problema da maneira certa, ou seja, do começo. Talvez o primeiro passo seja pensar “Ok, com que tipo de catástrofe vamos lidar?”.
Você foi encolhido e está do tamanho de uma moeda. Além disso, sua massa foi proporcionalmente reduzida de forma a manter sua densidade original. Agora, você será jogado em um liquidificador de vidro vazio, e as lâminas dele começarão a girar em apenas 60 segundos. O que você faz?
Em uma pergunta sem pé nem cabeça como essa, o que conta é a criatividade. Não adianta muito querer encontrar uma resposta certa, pois ela não existe. Que tal, por exemplo, aproveitar o fato de ter sido reduzido ao tamanho de uma moeda para tentar travar o motor do liquidificador?
Quantas bolas de golfe cabem em um ônibus escolar?
Aqui, vale mais mostrar o raciocínio que você usaria para chegar a uma resposta do que qualquer tentativa de calcular (ou chutar) um valor aproximado.
Você está em um prédio de 100 andares e recebe uma cesta de ovos. Imagine que os ovos possam variar entre frágeis e resistentes, ou seja, que eles possam tanto quebrar se forem jogados do primeiro andar quanto resistir se forem lançados do centésimo. Responda: quantas vezes você precisaria lançar ovos para saber qual é o andar mais alto do qual eles podem cair sem que se quebrem? Lembre-se: você só pode quebrar até dois ovos no processo.
Finalmente uma questão que exige conhecimentos de lógica e matemática. Sim, existe uma resposta certa (14 vezes), e o candidato tem de ser capaz de mostrá-la.
Descreva um banco de dados em apenas três frases para o seu sobrinho de 8 anos.
Óbvio, um teste de habilidade sobre comunicar ideias complexas de maneira simples.
Quantas vezes os ponteiros de um relógio se sobrepõem ao longo de um dia?
Outra questão matemática com uma resposta certa (22).
Por que tampas de bueiros são redondas?
Para que elas não caiam dentro do bueiro, claro.
Você precisar confirmar que Bob tem seu número certo de telefone, mas não pode fazer essa pergunta diretamente a ele. Você deve escrever a pergunta em um cartão e dá-lo a Eve, que vai levar o papel até Bob e trazê-lo de volta com a informação. Responda: o que deve ser escrito por você no cartão, além da pergunta, para se certificar de que Bob possa codificar a mensagem de modo que Eve não consiga ler o seu número de telefone?
Eis mais um teste de criatividade. Que tal, em vez de bolar uma ideia complexa, você simplesmente orientar o Bob com algo do tipo “Me ligue agora para confirmar” ou “Envie a soma dos números”?
Explique o significado da expressão "dead beef" (algo próximo de "bife morto").
Essa não faz sentido se for traduzida e serve para testar as referências do candidato. "Dead beef" é a maneira como engenheiros de software das antigas chamavam um determinado comando usado em processos de depuração.
Fontes