De acordo com Matt Larson, analista de inteligência da Bloomberg, a novela da batalha judicial entre Qualcomm e Apple — que já compreende mais de 50 processos individuais em seis países — pode ter um final ainda em 2018. De acordo com ele, uma determinação judicial específica, que deve ser emitida no segundo semestre deste ano, pode ser o catalizador para as duas empresas assinarem um acordo fora dos tribunais.
Ainda assim, Larson não especificou que decisão seria essa, tampouco detalhou como isso poderia influenciar tanto na relação das duas companhias a ponto de levá-las a “fazer as pazes”. A Apple acusa a Qualcomm de cobrar excessivamente pelo licenciamento de suas patentes e também por componentes como modems mobile.
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Qualcomm tenta banir a venda de alguns smartphones da Apple em mercados como China e Alemanha
A Qualcomm, por sua vez, acusa a Apple de não apenas vender iPhones com componentes fabricados pela Intel que infringem suas patentes, como também diz que a Maçã lhe deve mais de US$ 4,5 bilhões. Por isso, a fabricante de chips tenta banir a venda de alguns smartphones da Apple em mercados como China e Alemanha. Não se sabe exatamente quais as chances de isso ser acatado por algum tribunal, mas em pelo menos um desses casos, já houve uma decisão favorável à Qualcomm, da qual a Apple pode recorrer.
“Inicialmente, acabamos na defensiva, corrigindo a narrativa falsa que a Apple semeou. Todos conheciam a Apple, mas ninguém sabia quanta coisa da Qualcomm estava dentro dos produtos da Apple. Acredito que estamos em uma fase de transição em que nossa história agora está sendo ouvida, em os fatos estão falando por si próprios”, disse Don Rosenberg, conselheiro geral da Qualcomm sobre a batalha judicial com a Maçã à Bloomberg.
Em sua petição nos tribunais, a Apple voltou a acusar a Qualcomm de abusar de sua posição de mercado para extorquir não apenas a Apple, mas também a Intel. “A reação da Qualcomm tem sido retaliar quem desafia seu monopólio entrincheirado, incluindo a Apple e a Intel”, escreveu.
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