NASA busca investidores para privatização da Estação Espacial Internacional

A NASA afirma que pretende seguir em frente com o plano de privatizar a Estação Espacial Internacional (International Space Station/ISS). A informação foi dada pelo atual administrador da agência norte-americana, Jim Bridenstine, em entrevista ao The Washington Post. Segundo ele, a proposta é que a operação seja assumida em forma de consórcio. Para que isso aconteça, o representante garante já ter conversado com companhias interessadas em investir no projeto dentro dessa realidade. Porém, os nomes dessas corporações não foram citados.

A possibilidade surgiu no início deste ano, quando a Casa Branca anunciou que poderia interromper o financiamento direto para a ISS até 2025. O argumento é de que, hoje, a estação custa entre US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões ao ano. Esse valor poderia ser, então, usado para missões específicas da NASA.

Entretanto, a proposta não foi bem recebida nos Estados Unidos por cientistas, astronautas e congressistas de diversas frentes políticas, inclusive entre alguns republicanos. A principal crítica nesse sentido é a de que a Estação Espacial Internacional ainda seria considerada um importante meio de pesquisa científica, que poderia trazer grandes avanços tecnológicos para o mundo todo. Logo, a partir do momento em que empresas fossem responsáveis por sua manutenção, o foco principal passaria a ser econômico.

Por outro lado, talvez o plano possa não ir tão longe. Afinal, é evidente que a ISS precisa de um elevado custo para ser mantida, o que pode ser na verdade um repelente para investidores. Ainda, os Estados Unidos não são os únicos a decidir o seu destino, já que a sua administração é feita em conjunto com outros países, como: Rússia, Canadá, Japão, além das 22 nações que compõem a Agência Espacial Europeia.