A Uber divulgou uma mudança importante com relação à abordagem judicial de casos de violência sexual na companhia. As vítimas não precisarão mais assinar acordos de confidencialidade e terão liberdade para levar os casos para fora da esfera privada, acionando a Justiça. O movimento aconteceu após uma ex-funcionária, Susan Fowler, escrever ao The New York Times sugerindo que, para combater o problema, era preciso acabar com as resoluções exclusivamente por meio de arbitragem.
N o Direito, essa é uma forma de lidar com conflitos na qual o Poder Judiciário não participa. Os acordos fora dos tribunais costumam acontecer juntamente com os de confidencialidade e são uma maneira de proteger os envolvidos, garantindo disputas mais rápidas, mas também silenciosas. A ideia das novas medidas, portanto, é que as pessoas afligidas ganhem mais controle e autonomia para falar sobre seus traumas.
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Após um senador e catorze mulheres que estão processando a Uber escreverem cartas abertas ao CEO Dara Khosrowshahi, pedindo o fim da política atual, foi decidido que, especificamente para os casos de assédio sexual, será dada a possibilidade de escolha. Isso se estende a passageiros, motoristas e funcionários da empresa que sejam atingidos por esse tipo de crime no futuro.
Já Tony West, diretor jurídico da Uber, colocou que a arbitragem não é uma opção ruim e muitas vezes pode ser mais benéfica para as partes. Entretanto, para esse tipo de alegação especialmente difícil para os sobreviventes, foi deliberado que busquem o caminho que desejarem. Além disso, a companhia se comprometeu a divulgar relatórios acerca desse tipo de incidente periodicamente.
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