Cientistas do prestigiado Massachusetts Institute of Technology (MIT) acabam de produzir os primeiros grafenos de qualidade em formato de rolos. Nesse caso, a pesquisa focou no desenvolvimento de um método, no qual o composto é usado para filtragem de moléculas, incluindo sais, íons maiores, proteínas ou nanopartículas. Dessa forma, sua aplicação seria voltada para processos de dessalinização, separação biológica, dentre outros.
De modo simplificado, esse tipo de técnica serviria, por exemplo, para retirada do sais da água (dessalinização). Portanto, viabiliza o uso de água adequada para consumo em locais que carecem de água doce. Além disso, o resultado obtido abre caminho para que o componente seja, finalmente, fabricado em massa.
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Como os cientistas fabricaram rolos de grafeno?
Para a obtenção desse formato de grafeno, foi usado um método chamado de deposição química de vapor. Os cientistas aqueceram uma amostra de folha de cobre e, então, depositaram nela uma combinação de carbono e outros gases. Também foi usada a manufatura rolo a rolo, em que a folha de cobre foi transferida de um rolo para outro, com a deposição de vapor acontecendo no meio da transferência. John Hart, um dos especialistas responsáveis pela pesquisa, aponta que “O grafeno começa a se formar em pequenas ilhas, e então essas ilhas crescem juntas para formar uma folha contínua".
Veja abaixo um vídeo com parte da operação
Apesar de o trabalho ter sido executado com elevado controle, Hart ainda garante que o método é bastante flexível, portanto poderia ser usado em aplicações eletrônicas, por exemplo. Para isso, seria necessário integrar mais operações na linha de manufatura. “Por enquanto, demonstramos que esse processo pode ser ampliado e esperamos que isso aumente a confiança e o interesse em tecnologias à base de grafeno e forneça um caminho para a comercialização", diz o especialista.
O que é grafeno?
O grafeno é uma camada extremamente fina de grafite (forma comum do carbono), aquele mesmo utilizado nos lápis de escrever. Atualmente, é considerado o material que vai revolucionar o mundo, devido ao fato de ser muito fino (mais até do que o fio de um cabelo humano), resistente, transparente e maleável, além de excelente condutor de calor e eletricidade.
Com essas características, ele poderia ser usado em diversos segmentos industriais. Mas tem ganhado destaque especial no meio tecnológico, uma vez que facilitaria a criação de dispositivos móveis finos e flexíveis, ou seja, facilmente dobráveis. Nesse contexto, com o uso de grafeno, baterias de celular seriam muito mais duráveis e rapidamente carregáveis. Portanto, o estudo desenvolvido pelos cientistas do MIT nos aproxima cada vez mais dessa realidade digna de um filme de ficção científica.
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